Dizia um velho sacerdote: «fui para o seminário porque a Igreja precisava da
mim». Talvez seja esta a essência de toda a vocação: ela não é um jeito, um gosto, um
não saber fazer outra coisa senão aquilo… Vocação é serviço. É resposta. Jesus
precisa de mim? Então eu estou aqui. Sem mas nem meio mas, sem me pôr a pensar
no que é que vou ganhar com isso…
A esmagadora maioria das pessoas não pensa hoje assim. Fazem-se cálculos,
medidas, projectos de futuro com calculadoras na alma, gestos sem coragem. Esta
talvez seja, para muitos, a hora de decidir. E, quando se trata de Jesus, todas as contas
deviam dar em SIM.
O seminário é um lugar onde se aprende, com o tempo, que a vocação não é
encontrar Jesus mas ser encontrado por Ele. Como São Paulo antes de chegar a
Damasco. Mais tarde veio a concluir que «a felicidade está mais em dar do que em
receber» (Act 20,35). Vocação é isso. Sem medo.
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